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Gestante no volante: grávida pode dirigir?
17 de junho de 2021
Gestante no volante: grávida pode dirigir?

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O cuidado com o bebê começa já no pré-natal. A gestante busca garantir mais atenção à sua saúde, à sua alimentação e às possíveis mudanças do corpo nesse período. As preocupações vão também para atividades mais corriqueiras como, por exemplo: saber se grávida pode dirigir ou não.


Na
lei brasileira de trânsito, ou em qualquer outra lei, não existe regulamentação que oriente sobre essa situação em específico. Por isso é importante que o médico que acompanha a gestante possa fazer recomendações adequadas de acordo com a própria evolução da gestação, saúde da mãe e do bebê.


Nem sempre as mulheres podem abrir mão da direção, pois, o veículo pode ser instrumento de trabalho ou de deslocamento no dia a dia. Em função disso, este texto vai falar sobre as orientações que o médico pediatra pode oferecer a uma mulher que precise dirigir durante a gravidez.


Vamos lá?


Até que mês a grávida pode dirigir? 

Por não existir uma determinação legal, a recomendação é que a mulher pare de dirigir no oitavo mês de gravidez. Esse caso leva em conta que a gestação seja saudável, sem nenhum tipo de complicação e a mulher não possa abrir mão da direção.


Em caso de gravidez de risco, em que os cuidados devem ser redobrados com a saúde da gestante e do bebê, é recomendado que ela não faça muitos esforços. Assim, o médico deve orientá-la a não dirigir em qualquer circunstância.


Cuidados que a grávida deve ter ao dirigir

Mesmo que a grávida possa dirigir e não tenha uma gravidez de risco, alguns cuidados são imprescindíveis para que o ato da direção não cause algum problema na gestação. 


Uso do cinto de segurança

O cinto de segurança é um item obrigatório para todo motorista sob pena de multa, caso seja pego dirigindo sem cinto. Portanto, a mãe não deve, em hipótese alguma, abrir mão dele.


A primeira orientação, nesse sentido, é sobre como a gestante deve usar o cinto de segurança. O recomendado é o cinto de três pontos que atravessa o tronco e a cintura. Porém, ele deve ser colocado de forma a não pressionar o útero em caso de impacto.


A forma correta de colocar o cinto de segurança de três pontos é posicionar a faixa inferior abaixo da barriga e a faixa diagonal entre as mamas sem passar por cima do útero
. Com isso, evita-se que, em caso de impacto, a mãe sofra uma lesão uterina. 


O cinto de dois pontos, aquele comum em avião e em alguns modelos de carro, deve ser evitado. Pois, ele não impede o deslocamento do tronco se o veículo sofrer algum impacto. Isso
pode gerar não só uma lesão uterina, como rompimento de placenta e situações mais graves que podem comprometer a gravidez.


Ajustes no banco do motorista

Ao sentar no banco do motorista, é recomendável que a gestante regule o banco para deixar uma distância mínima de 15cm do volante. Assim, em caso de freadas bruscas, evita-se o impacto da barriga no volante do veículo. 


Em carros com airbag, o distanciamento deve ser o maior possível, sem, no entanto, prejudicar o acesso aos pedais do carro.


Permanência no volante 

Se a gestante precisar passar horas na direção, é importante recomendar que ela realize pausas frequentes, principalmente se já estiver no estágio final da gravidez.


Em caso de viagens longas nos meses finais da gestação, o ideal é que a grávida não faça nenhuma viagem desse tipo, ainda mais se for dirigir. Porém, se a viagem for necessária, as
pausas são essenciais para evitar má circulação sanguínea, inchaços e câimbras


Assim, recomende que a gestante
planeje bem a viagem com pausas de hora em hora para que ela possa andar um pouco. Ela também deve evitar dirigir em dias muito quentes e não ficar sem comer por tempo prolongado.


Motocicleta: até quando grávida pode dirigir?

Já as motocicletas representam um risco maior à gestação, ainda mais quando a barriga já está protuberante. Assim, aconselhe a grávida a não dirigir ou nem mesmo andar de moto nessas condições.


A motocicleta não oferece muita segurança à usuária que, com uma barriga maior, tende a perder o equilíbrio. Além disso, o veículo não possui apoio para as costas e nem cinto de segurança. Em caso de impacto, o choque da barriga é quase inevitável e pode prejudicar a gravidez.


O que fazer em caso de acidente?

Em casos de acidente de trânsito de baixo impacto, ainda é importante consultar o médico para saber se está tudo bem com a gestação. Isso independente do tempo de gestação. 


É importante também ter o contato do médico e dos familiares de modo acessível, caso precise contactá-los em uma situação de acidentes graves. Principalmente nos meses finais da gravidez, oriente que a grávida dirija com o cartão pré-natal. 


Ao sentir dores e contrações ou qualquer sintoma durante a direção, a gestante deve parar o veículo e pedir ajuda.


Como vimos, dirigir durante a gravidez é possível até o sétimo mês ou enquanto a mãe não sentir desconforto com a direção. 


À medida que a barriga cresce, dirigir pode ser uma tarefa complicada, que pode atrapalhar a condução do veículo. Mas, se a mãe não puder abrir mão, é preciso seguir as recomendações dadas acima para uma direção segura para ela, para o bebê e para os demais transeuntes. 


Agora que você sabe que grávida pode dirigir e como orientar essa gestante no volante, baixe gratuitamente
este modelo de anamnese de pré-natal.


Por Eludivila Especialização Pediátrica 18 de junho de 2024
A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês (DDQ) é uma doença que acomete 5 a cada 100 crianças e que pode levar a dificuldade de mobilidade, dor e outros problemas ortopédicos. Neste artigo especial da Eludivila Especialização Pediátrica , revisado pelo Ortopedista Pediátrico, David Gonçalves Nordon (CRM 149.764) , reunimos as principais informações que pediatras gerais precisam saber a respeito da displasia do desenvolvimento do quadril em bebês. Assim, você poderá fazer um diagnóstico e tratamento corretos, além de fornecer boas orientações aos pais e cuidadores. O que é Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)? Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), conhecida antigamente como luxação congênita do quadril, é uma patologia ortopédica, que acontece quando a curva do acetábulo não se desenvolve corretamente . Isto é, a cavidade da articulação do quadril se apresenta de maneira que facilita uma subluxação ou luxação do quadril. Todas as variações dentro desse espectro se enquadram, atualmente, no que definimos como DDQ. O resultado são problemas de estabilidade, mobilidade, posicionamento da articulação, dores articulares, dificuldade do bebê para engatinhar, dentre outros. Em 60% dos casos, a DDQ acontece do lado esquerdo, 20% no direito e 20% dos casos são bilaterais. A propensão ao quadril esquerdo se dá pela posição em que a maioria dos bebês se encontram no útero, causando uma pressão do sacro nesse lado. Causas e Fatores de Risco da DDQ A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês pode ter algumas causas, dentre elas a posição intrauterina do feto , que pode forçar o quadril a sair do lugar, e fatores hereditários , que causam predisposição genética. Podemos subdividir os fatores de risco associados ao desenvolvimento da DDQ em quatro grupos: 1. Alterações do continente (útero) Quando o útero aperta o quadril do bebê, o que pode ser causado por diversos motivos, como: Oligoidrâmnio, quando o volume de líquido amniótico está abaixo do esperado para a idade gestacional e causa essa pressão; Primeira gestação, pois o útero costuma estar mais rígido; Útero com alguma fibrose, cicatriz ou deformidade; Gestação gemelar. 2. Fatores de risco relacionados ao conteúdo É o caso de gestações com bebês que: São grandes para a idade gestacional (GIG); Movimentam-se pouco dentro do útero, por diversas razões; Com apresentação pélvica, posição que pode aumentar em até 21 vezes o risco de DDQ. 3. Fatores genéticos Em relação à predisposição genética, é possível apontar como fator de risco para a displasia de quadril: Bebês do sexo feminino, que aumenta em até 9 vezes o risco de DDQ, já que os hormônios circulantes femininos (estrogênio e progesterona) aumentam a flexibilidade das articulações e a frouxidão ligamentar; Histórico familiar positivo, que pode ser, na verdade, desde um familiar que efetivamente tratou uma DDQ, até algum familiar com um desgaste precoce do quadril (ou seja, artrose do quadril em torno dos 30 a 50 anos), que geralmente é causada por uma displasia leve não diagnosticada e, portanto, não tratada na infância. 4. Fatores extrauterinos São os fatores que acontecem após o nascimento do bebê e que devem ser orientados pelo pediatra, como: Uso do “charutinho” com as pernas juntas e esticadas; Uso de outros acessórios que podem contribuir para que o quadril do bebê saia do lugar, como carregadores e andadores. Leia também: Assimetria craniana em bebês: Guia completo para pediatras Sinais e Sintomas da Displasia do Quadril Após avaliar os fatores de risco, os pediatras devem estar atentos a alguns sinais que os bebês podem apresentar, como: Assimetria das nádegas (a assimetria das pregas isoladamente, porém, não tem significado clínico; precisa haver outros sinais para se pensar em DDQ); Limitação de movimento do quadril, com dificuldade na abertura das pernas (pode ser observado na troca de fraldas, por exemplo); Claudicação. Como fazer o diagnóstico e avaliação da DDQ Bom, mas então, como fazer a avaliação em consultório para detectar uma possível DDQ no bebê? Além da observação dos sintomas apontados pelos pais, é necessário fazer o exame clínico, além de solicitar ultrassonografia do quadril . Dentre os principais métodos diagnósticos em consultório estão: Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo e mostra o quadril luxado. Indicado para realização até os três meses de idade do bebê. A manobra de Ortolani, entretanto, é bastante falha: ela perde o diagnóstico em 95% dos casos leves e 50% dos casos graves, com o quadril efetivamente luxado; Manobra de Barlow : detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo, evidenciando o quadril que é passível de luxação e também deve ser feito até os três meses. É igualmente pouco confiável; Manobra de Hart: após os três meses, esse é o exame mais indicado, já que Ortolani e Barlow normalmente estão negativos, mesmo que o quadril esteja luxado. Se você quer aprender a realizar as manobras adequadamente, a Eludivila conta com aulas completas na Especialização em Puericultura com Patologias, com módulo específico para ortopedia. Acesse agora e amplie o seu conhecimento para além da residência médica Quando pedir um ultrassom do quadril? No Brasil, não há um protocolo específico de quando pedir o ultrassom. Aqui no Eludicar Centro Materno-Infantil, a conduta é fazer o screening universal , ou seja, solicitamos o ultrassom para todos os pacientes, a partir das 3 a 4 semanas de vida do bebê. Nos casos em que o bebê apresenta fatores de risco (apresentação pélvica, oligoidrâmnio, gemelares), o ideal é fazer a ultrassonografia na primeira semana de vida. Para definir o tratamento, você pode utilizar o método Graf para ultrassonografia articular, que divide em graus o nível de alteração: 1A e 1B: quadris maduros 2A: pode ser dividido em 2A+ (deve-se repetir o exame em um mês) e 2A- (recomendamos o tratamento, conforme orientações do protocolo europeu, proposto pelo Dr. Graf em 2022, já que há evidências de uma possível artrose no futuro); 2B: quadril alterado após os três meses de idade, que indica tratamento; 2C, 2D, 3 e 4: quadril alterado, que necessita tratamento. Interpretar o resultado do ultrassom pode ser desafiador, por isso recomendamos assistir ao estudo de caso clínico realizado pelo Dr. David Nordon, ortopedista pediátrico do Eludicar. Tratamento e Manejo da DDQ
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Informações para pediatras sobre a Criptorquidia em bebês. Entenda as opções de manejo, como diagnosticar e orientar pais e cuidadores.
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