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O cuidado com o bebê começa já no pré-natal. A gestante busca garantir mais atenção à sua saúde, à sua alimentação e às possíveis mudanças do corpo nesse período. As preocupações vão também para atividades mais corriqueiras como, por exemplo: saber se grávida pode dirigir ou não.
Na
lei brasileira de trânsito, ou em qualquer outra lei, não existe regulamentação que oriente sobre essa situação em específico. Por isso é importante que o médico que acompanha a gestante possa fazer recomendações adequadas de acordo com a própria evolução da gestação, saúde da mãe e do bebê.
Nem sempre as mulheres podem abrir mão da direção, pois, o veículo pode ser instrumento de trabalho ou de deslocamento no dia a dia. Em função disso, este texto vai falar sobre as orientações que o médico pediatra pode oferecer a uma mulher que precise dirigir durante a gravidez.
Vamos lá?
Até que mês a grávida pode dirigir?
Por não existir uma determinação legal, a recomendação é que a mulher pare de dirigir no oitavo mês de gravidez. Esse caso leva em conta que a gestação seja saudável, sem nenhum tipo de complicação e a mulher não possa abrir mão da direção.
Em caso de gravidez de risco, em que os cuidados devem ser redobrados com a saúde da gestante e do bebê, é recomendado que ela não faça muitos esforços. Assim, o médico deve orientá-la a não dirigir em qualquer circunstância.
Cuidados que a grávida deve ter ao dirigir
Mesmo que a grávida possa dirigir e não tenha uma gravidez de risco, alguns cuidados são imprescindíveis para que o ato da direção não cause algum problema na gestação.
Uso do cinto de segurança
O cinto de segurança é um item obrigatório para todo motorista sob pena de multa, caso seja pego dirigindo sem cinto. Portanto, a mãe não deve, em hipótese alguma, abrir mão dele.
A primeira orientação, nesse sentido, é sobre como a gestante deve usar o cinto de segurança. O recomendado é o cinto de três pontos que atravessa o tronco e a cintura. Porém, ele deve ser colocado de forma a não pressionar o útero em caso de impacto.
A forma correta de colocar o cinto de segurança de três pontos é posicionar a faixa inferior abaixo da barriga e a faixa diagonal entre as mamas sem passar por cima do útero. Com isso, evita-se que, em caso de impacto, a mãe sofra uma lesão uterina.
O cinto de dois pontos, aquele comum em avião e em alguns modelos de carro, deve ser evitado. Pois, ele não impede o deslocamento do tronco se o veículo sofrer algum impacto. Isso
pode gerar não só uma lesão uterina, como rompimento de placenta e situações mais graves que podem comprometer a gravidez.
Ajustes no banco do motorista
Ao sentar no banco do motorista, é recomendável que a gestante regule o banco para deixar uma distância mínima de 15cm do volante. Assim, em caso de freadas bruscas, evita-se o impacto da barriga no volante do veículo.
Em carros com airbag, o distanciamento deve ser o maior possível, sem, no entanto, prejudicar o acesso aos pedais do carro.
Permanência no volante
Se a gestante precisar passar horas na direção, é importante recomendar que ela realize pausas frequentes, principalmente se já estiver no estágio final da gravidez.
Em caso de viagens longas nos meses finais da gestação, o ideal é que a grávida não faça nenhuma viagem desse tipo, ainda mais se for dirigir. Porém, se a viagem for necessária, as
pausas são essenciais para evitar má circulação sanguínea, inchaços e câimbras.
Assim, recomende que a gestante
planeje bem a viagem com pausas de hora em hora para que ela possa andar um pouco. Ela também deve evitar dirigir em dias
muito quentes e não ficar sem comer por tempo prolongado.
Motocicleta: até quando grávida pode dirigir?
Já as motocicletas representam um risco maior à gestação, ainda mais quando a barriga já está protuberante. Assim, aconselhe a grávida a não dirigir ou nem mesmo andar de moto nessas condições.
A motocicleta não oferece muita segurança à usuária que, com uma barriga maior, tende a perder o equilíbrio. Além disso, o veículo não possui apoio para as costas e nem cinto de segurança. Em caso de impacto, o choque da barriga é quase inevitável e pode prejudicar a gravidez.
O que fazer em caso de acidente?
Em casos de acidente de trânsito de baixo impacto, ainda é importante consultar o médico para saber se está tudo bem com a gestação. Isso independente do tempo de gestação.
É importante também ter o contato do médico e dos familiares de modo acessível, caso precise contactá-los em uma situação de acidentes graves. Principalmente nos meses finais da gravidez, oriente que a grávida dirija com o cartão pré-natal.
Ao sentir dores e contrações ou qualquer sintoma durante a direção, a gestante deve parar o veículo e pedir ajuda.
Como vimos, dirigir durante a gravidez é possível até o sétimo mês ou enquanto a mãe não sentir desconforto com a direção.
À medida que a barriga cresce, dirigir pode ser uma tarefa complicada, que pode atrapalhar a condução do veículo. Mas, se a mãe não puder abrir mão, é preciso seguir as recomendações dadas acima para uma direção segura para ela, para o bebê e para os demais transeuntes.
Agora que você sabe que grávida pode dirigir e como orientar essa gestante no volante, baixe gratuitamente
este modelo de anamnese de pré-natal.

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