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Neste artigo (se não leu, clique para ler), nós mencionamos desafios da clínica pediátrica e você deve ter pensado “ok, mas e o que fazer para lidar com cada um deles?”
Por isso, elaboramos mais este artigo para discutirmos formas de avançar na carreira, apesar dos contratempos. Novamente: essas são algumas sugestões gerais que nós aprendemos em nossas observações sobre própria rotina e também de colegas, e de tentativas e erros que seguem até o momento. Leia e nos diga se alguma delas faz sentido para você, ou comente adicionando outras.
1- Reconheça os seus limites
Há muito entusiasmo quando um médico pediatra inicia a sua clínica. Há também ansiedade e medo. Finalmente, ele se empostura sozinho no mercado e precisa atrair sua própria base de pacientes, conquistar reconhecimento no mercado e obter visibilidade.
Para se encaminhar na carreira, sabe que não basta ser um excelente profissional, mas que também é preciso realizar alguns sacrifícios e um deles é de tempo.
No entanto, conciliar estudos, agenda em consultório, clínica, hospital, junto aos anseios de pacientes e pais de paciente pode levá-lo à exaustão. Por isso, a nossa primeiríssima sugestão é exatamente essa: reconheça até onde vão os seus limites e opte por realizar suas ações de forma qualitativa.
Cuidado com a agenda lotada de consultas, cursos e atendimentos extras!
2- Estabeleça limites também em seu atendimento
Já sabemos que, embora a criança seja o paciente, o nosso atendimento também é de interesse dos respectivos responsáveis. No limiar dos anseios deles, temos a missão de tranquilizar e transmitir confiança de que tudo está minimamente sob controle.
Mas, ao reconhecer os próprios limites pessoais e profissionais, o pediatra precisa tornar de conhecimento dos pais. Portanto, o nosso alerta é: cuidado com a livre demanda.
Diferencie canais de atendimento profissional dos canais de comunicação pessoal, e seja honesto e transparente com seu paciente sobre o horário de disponibilidade para comunicação em canais online ou presenciais. Essa é uma forma de respeitar a si e ao paciente.
3- Conheça profissionais com perspectivas semelhantes
Nada melhor do que um bom networking para nos apresentar oportunidades de aprendizagem e para acrescentar possibilidades em nosso fazer médico.
Se você prefere atendimentos humanizados, cerque-se de profissionais que estudam e gostam de se aprofundar em novas perspectivas no atendimento pediátrico, que se atém ao universo infantil e buscam abordagens mais contemporâneas.
Do mesmo modo, se você a clínica pediátrica de modo mais convencional, busque formas de se conectar a profissionais que fortaleçam essa perspectiva profissional. O importante é que você tenha com quem trocar ideias e experiências.
4- Conte com uma rede multidisciplinar
E, por falar em ter uma clínica pediátrica menos solitária, crie uma rede de profissionais de diferentes especialidades. A criança é um sujeito multifacetado e para tratá-la é necessário que ter ajuda para enxergá-la 360º.
Portanto, conte com outros pediatras que tenham perspectivas semelhantes no atendimento, com profissionais da psicologia, ortopedia, gastroenterologia, neurologia, nutrição, imunologia e assim por diante.
Tenha em mente que, para praticar um atendimento de qualidade, seguro e humanizado, o profissional também precisa contar com uma “aldeia”.
5- Busque constantemente por cursos com novas abordagens
Felizmente, a academia não nos prepara para todos os desafios da clínica pediátrica. Sim, você leu certo: felizmente!
Há um mundo inteiro de possibilidades a ser explorado fora dela e vai do pediatra entender qual (ou quais) tem a ver com a carreira que ele deseja construir. E não estamos falando sobre certificados - que também são importantes -, e sim de abordagens.
É necessário encarar que a formação profissional não se abrevia à universidade e que ela deve persistir enquanto o indivíduo exercer a sua função. Especialmente se levarmos em consideração que o mundo anda às voltas com mil novidades a cada segundo e é preciso respeitar o sujeito que nasce e se inscreve nessas transformações.
6- Estruture o espaço físico para você e para criança e adolescente
Calma, não estamos sugerindo um super aparelhamento do seu consultório pediátrico ou que você o transforme em um parque de diversões. Pelo contrário, queremos falar sobre espaço acolhedor para as suas necessidades de atendimento profissional e para as necessidades do paciente e suas famílias.
A atmosfera criada no espaço físico pode estimular uma conexão entre você e a criança e seus familiares, assim como pode tornar tudo mais frio e distante entre vocês. E certamente não é isso que você deseja.
Portanto, invista em um ambiente aconchegante e inclusivo, que ajude as consultas fluírem de forma leve e segura.
7- Encontre formas de flexibilizar a agenda
Já imaginou uma consulta que dure 1h30min? Quando um pediatra decide atender não a doença, mas ao paciente, é possível que a consulta tenha um tempo de duração mais longa que o previsto. Portanto, para que o médico olhe menos para o relógio e sua agenda, e mais para a criança ou adolescente, é necessário que ele tenha mais tempo entre uma consulta e outra.
Mas, se na sua concepção é inviável que uma consulta tenha um tempo longo, então, vamos à oitava e última sugestão.
8- Produza conteúdos adicionais à consulta
Essa é uma excelente dica para te salvar da falta de tempo para uma consulta mais robusta. Produza conteúdos extras de cuidados especiais para serem enviados após a consulta.
Conteúdos complementares são ótimos para certificar de que não haja quaisquer dúvidas sobre o tratamento até o período de retorno. Eles também são importantes para oferecer uma boa experiência e segurança ao paciente e seus familiares.
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