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O papel fundamental do pediatra na elaboração do Plano de Parto
4 de outubro de 2022
O papel fundamental do pediatra na elaboração do Plano de Parto

Autor:

Eludivila Especialização Pediátrica

O planejamento para a chegada de um bebê envolve diversos preparativos e é um momento muito especial na vida de uma família. O Plano de Parto é um passo importante, e o pediatra pode ser um grande apoiador em sua elaboração.


Antes do nascimento, os pais começam a pensar no enxoval, no quarto do novo membro da família e em outros detalhes para que ele seja recebido da melhor forma possível. Contudo, o pré-natal é uma etapa fundamental, e, durante esse processo, é necessário pensar nos preparativos para o parto. Por isso a importância de preparar um Plano de Parto.


Neste artigo, você vai saber um pouco mais sobre esse documento, entender qual é a sua importância e qual pode ser o seu papel como pediatra em sua elaboração.


O que é o Plano de Parto?

O Plano de Parto, também conhecido como “Carta de Intenção”, é uma ferramenta utilizada pela gestante em que ela expressa seus desejos e suas vontades relacionadas ao parto.


O ideal é que o documento contenha o maior número possível de informações a respeito da gestante e envolva todas as etapas, desde o pré-parto até a chegada do bebê e os primeiros cuidados.


O Plano de Parto aborda não apenas a questão médica, mas o espaço em que o nascimento vai ocorrer, quais intervenções fazem ou não fazem parte da vontade da gestante e, de modo geral, destaca as expectativas da família.


Entre as informações mais relevantes do Plano de Parto, estão:


  • A preparação do local em que o parto vai ocorrer.
  • Quais os métodos de alívio de desconforto escolhidos pela gestante.
  • Os acompanhantes da gestante para a hora do parto.
  • As posições em que a gestante prefere ficar.


A equipe responsável pelo parto utilizará o documento como um ponto de partida, priorizando as escolhas e a vontade da mãe.


Por que a importância do Plano de Parto?

O Plano de Parto é uma forma que os profissionais envolvidos têm de conhecer aquela família.


As gestantes têm certas expectativas relacionadas ao nascimento do bebê e ao que ocorre em suas primeiras horas de vida. Muitas vezes, ela se frustra quando as coisas não ocorrem como ela esperava.


Por isso, é fundamental criar uma comunicação clara entre a família e os profissionais, alinhando, de maneira clara e prática, as expectativas.

Como preparar o Plano de Parto?

Existem alguns modelos preexistentes de Plano de Parto, mas o ideal é que a família se sinta livre para escrever seus desejos e expectativas, inclusive com a utilização de imagens, se for o caso.


O mais importante é orientar os pais para que estejam incluídas no plano as quatro fases do nascer: o trabalho de parto, o parto, o pós-parto imediato e o pós-parto até a alta.


Pré-natal e pediatria: como fazer essa conexão com a família antes mesmo do nascimento do bebê?


O papel do pediatra na elaboração

Embora o Plano de Parto seja uma ferramenta essencial para a equipe obstétrica, o pediatra tem papel crucial em sua elaboração.


É importante orientar os pais para que algumas informações discutidas durante as consultas de pré-natal estejam presentes no documento, a fim de garantir que o processo seja feito de acordo com a vontade da família.


É fundamental também que o Plano de Parto apresente alguns tópicos relacionados ao ponto de vista pediátrico, por exemplo:


  • Colírio
  • Vitamina K
  • Vacina de hepatite B
  • Tipos de teste do pezinho
  • Exames de triagem


Entre outras questões, são informações muito significativas e que precisam ser definidas com os pais.


Você, pediatra, pode preparar um modelo ou apenas elencar quais são os tópicos que, na sua visão como profissional, podem estar presentes no Plano de Parto.


O que o pediatra precisa saber?

Vale destacar que diversos pontos devem fazer parte do Plano de Parto. É uma forma de deixar a família mais tranquila nesse momento e garantir que tudo seja feito como o esperado, levando em consideração possíveis mudanças de planos.


Por ser de grande valia esse documento,a Eludivila preparou uma aula especial na Especialização em Puericultura. Essa discorre sobre os detalhes mais importantes relacionados ao processo de elaboração do Plano de Parto.


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Por Eludivila Especialização Pediátrica 18 de junho de 2024
A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês (DDQ) é uma doença que acomete 5 a cada 100 crianças e que pode levar a dificuldade de mobilidade, dor e outros problemas ortopédicos. Neste artigo especial da Eludivila Especialização Pediátrica , revisado pelo Ortopedista Pediátrico, David Gonçalves Nordon (CRM 149.764) , reunimos as principais informações que pediatras gerais precisam saber a respeito da displasia do desenvolvimento do quadril em bebês. Assim, você poderá fazer um diagnóstico e tratamento corretos, além de fornecer boas orientações aos pais e cuidadores. O que é Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)? Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), conhecida antigamente como luxação congênita do quadril, é uma patologia ortopédica, que acontece quando a curva do acetábulo não se desenvolve corretamente . Isto é, a cavidade da articulação do quadril se apresenta de maneira que facilita uma subluxação ou luxação do quadril. Todas as variações dentro desse espectro se enquadram, atualmente, no que definimos como DDQ. O resultado são problemas de estabilidade, mobilidade, posicionamento da articulação, dores articulares, dificuldade do bebê para engatinhar, dentre outros. Em 60% dos casos, a DDQ acontece do lado esquerdo, 20% no direito e 20% dos casos são bilaterais. A propensão ao quadril esquerdo se dá pela posição em que a maioria dos bebês se encontram no útero, causando uma pressão do sacro nesse lado. Causas e Fatores de Risco da DDQ A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês pode ter algumas causas, dentre elas a posição intrauterina do feto , que pode forçar o quadril a sair do lugar, e fatores hereditários , que causam predisposição genética. Podemos subdividir os fatores de risco associados ao desenvolvimento da DDQ em quatro grupos: 1. Alterações do continente (útero) Quando o útero aperta o quadril do bebê, o que pode ser causado por diversos motivos, como: Oligoidrâmnio, quando o volume de líquido amniótico está abaixo do esperado para a idade gestacional e causa essa pressão; Primeira gestação, pois o útero costuma estar mais rígido; Útero com alguma fibrose, cicatriz ou deformidade; Gestação gemelar. 2. Fatores de risco relacionados ao conteúdo É o caso de gestações com bebês que: São grandes para a idade gestacional (GIG); Movimentam-se pouco dentro do útero, por diversas razões; Com apresentação pélvica, posição que pode aumentar em até 21 vezes o risco de DDQ. 3. Fatores genéticos Em relação à predisposição genética, é possível apontar como fator de risco para a displasia de quadril: Bebês do sexo feminino, que aumenta em até 9 vezes o risco de DDQ, já que os hormônios circulantes femininos (estrogênio e progesterona) aumentam a flexibilidade das articulações e a frouxidão ligamentar; Histórico familiar positivo, que pode ser, na verdade, desde um familiar que efetivamente tratou uma DDQ, até algum familiar com um desgaste precoce do quadril (ou seja, artrose do quadril em torno dos 30 a 50 anos), que geralmente é causada por uma displasia leve não diagnosticada e, portanto, não tratada na infância. 4. Fatores extrauterinos São os fatores que acontecem após o nascimento do bebê e que devem ser orientados pelo pediatra, como: Uso do “charutinho” com as pernas juntas e esticadas; Uso de outros acessórios que podem contribuir para que o quadril do bebê saia do lugar, como carregadores e andadores. Leia também: Assimetria craniana em bebês: Guia completo para pediatras Sinais e Sintomas da Displasia do Quadril Após avaliar os fatores de risco, os pediatras devem estar atentos a alguns sinais que os bebês podem apresentar, como: Assimetria das nádegas (a assimetria das pregas isoladamente, porém, não tem significado clínico; precisa haver outros sinais para se pensar em DDQ); Limitação de movimento do quadril, com dificuldade na abertura das pernas (pode ser observado na troca de fraldas, por exemplo); Claudicação. Como fazer o diagnóstico e avaliação da DDQ Bom, mas então, como fazer a avaliação em consultório para detectar uma possível DDQ no bebê? Além da observação dos sintomas apontados pelos pais, é necessário fazer o exame clínico, além de solicitar ultrassonografia do quadril . Dentre os principais métodos diagnósticos em consultório estão: Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo e mostra o quadril luxado. Indicado para realização até os três meses de idade do bebê. A manobra de Ortolani, entretanto, é bastante falha: ela perde o diagnóstico em 95% dos casos leves e 50% dos casos graves, com o quadril efetivamente luxado; Manobra de Barlow : detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo, evidenciando o quadril que é passível de luxação e também deve ser feito até os três meses. É igualmente pouco confiável; Manobra de Hart: após os três meses, esse é o exame mais indicado, já que Ortolani e Barlow normalmente estão negativos, mesmo que o quadril esteja luxado. Se você quer aprender a realizar as manobras adequadamente, a Eludivila conta com aulas completas na Especialização em Puericultura com Patologias, com módulo específico para ortopedia. Acesse agora e amplie o seu conhecimento para além da residência médica Quando pedir um ultrassom do quadril? No Brasil, não há um protocolo específico de quando pedir o ultrassom. Aqui no Eludicar Centro Materno-Infantil, a conduta é fazer o screening universal , ou seja, solicitamos o ultrassom para todos os pacientes, a partir das 3 a 4 semanas de vida do bebê. Nos casos em que o bebê apresenta fatores de risco (apresentação pélvica, oligoidrâmnio, gemelares), o ideal é fazer a ultrassonografia na primeira semana de vida. Para definir o tratamento, você pode utilizar o método Graf para ultrassonografia articular, que divide em graus o nível de alteração: 1A e 1B: quadris maduros 2A: pode ser dividido em 2A+ (deve-se repetir o exame em um mês) e 2A- (recomendamos o tratamento, conforme orientações do protocolo europeu, proposto pelo Dr. Graf em 2022, já que há evidências de uma possível artrose no futuro); 2B: quadril alterado após os três meses de idade, que indica tratamento; 2C, 2D, 3 e 4: quadril alterado, que necessita tratamento. Interpretar o resultado do ultrassom pode ser desafiador, por isso recomendamos assistir ao estudo de caso clínico realizado pelo Dr. David Nordon, ortopedista pediátrico do Eludicar. Tratamento e Manejo da DDQ
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Informações para pediatras sobre a Criptorquidia em bebês. Entenda as opções de manejo, como diagnosticar e orientar pais e cuidadores.
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