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Volta às aulas e o papel do pediatra: como lidar?
23 de abril de 2021
Volta às aulas e o papel do pediatra: como lidar?

Autor:

Amanda Monteiro
O período de volta às aulas é sempre um momento delicado, tanto para as crianças quanto para as famílias pois infere em uma série de mudanças na rotina dos envolvidos, como hora de dormir, lições de casa e refeições, por exemplo. Neste artigo, falaremos sobre expectativas e preparativos para o momento de volta às aulas e o papel do pediatra, principalmente quando lembramos que estamos vindo de um período pandêmico e isso implica em uma série de cuidados, principalmente com a saúde. Confira!

O comportamento dos pais na volta às aulas

É normal os responsáveis se sentirem inseguros, principalmente quando a criança está indo pela primeira vez para a creche ou escola. São diversos os medos e dúvidas que esse momento pode gerar, como por exemplo: "Será que meu filho vai se adaptar? Como ele vai lidar com a separação? Será que ele vai ficar muito doentinho com as "crechites"? Será que tem risco dele sobre maus tratos?" Além dessas questões, ainda que no inconsciente dos pais, muitos também têm medo de compartilhar o amor do filho com outros cuidadores e o filho gostar mais da professora do que deles.


Por isso, é normal que haja muita insegurança e muitos pais deixem escapar comportamentos de proteção excessiva, que refletem no filho. Dessa forma, o ideal é que os pais sejam instruídos da melhor forma possível, que eles precisam lidar com esse momento transmitindo para as crianças entusiasmo, proteção e segurança.


O ideal é que os pais possam gerar conforto na criança da melhor forma possível, de acordo com a realidade de cada família. Sugestões práticas para esse momento de adaptação seria acompanhar a criança até a porta da sala de aula, estar presente nas primeiras lições, compartilhar as brincadeiras, perguntar como foi o dia, o que aprendeu, quais brincadeiras brincou, etc..


Para crianças que já frequentam o ambiente escolar, rever os amigos e professores pode ser muito importante, principalmente após meses sem nenhum contato.


Volta às aulas e o papel do pediatra

Principalmente quando levamos em consideração que estamos dialogando em um período pandêmico, as orientações do pediatra são fundamentais para a segurança da criança e da família. Não existe um caminho certo ou errado, o mais importante é individualizar as orientações de acordo com a realidade e sentimentos de cada núcleo familiar. Quais são os riscos? Quais são os benefícios? Existem alternativas? Como tem sido as experiências da família frente ao cenário de pandemia? Quais são os sinais e sintomas que a criança está demonstrando na ausência da escola?


Portanto, durante a consulta é importante que o pediatra identifique fatores psicológicos e físicos que possam ajudar nessa decisão.


Do ponto de vista prático, nossa Lei (9.394/1996 LDB), reafirma a obrigatoriedade da disposta pela Constituição (art. 208) determina em seu art. 6º que é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade. Por isso, antes desse momento, é uma opção totalmente particular da família em matricular a criança ou não.


Além disso, no período de volta às aulas e o papel do pediatra, independente da idade, é fundamental atentar-se às questões de imunodeficiência, que podem comprometer a saúde da criança. Crianças com quadros de alteração na imunidade ou respiratórios precisam de uma atenção especial nesse período.


O ideal é que os cuidados básicos, como a higiene das mãos, sejam direcionados pelos pais desde cedo, para que a criança, no momento em que ela estiver longe dos responsáveis, possa manter os padrões básicos de higiene para evitar a proliferação de outras doenças.


Antes da volta às aulas, é importante que o cartão de vacinas esteja em dia de acordo com cada idade. 


A escolha da escola/creche


A partir do momento que a família, juntamente com o olhar do pediatra, opta por frequentar o ambiente escolar, o próximo passo é escolher qual o melhor lugar para essa criança.

Nós da Eludivila disponibilizamos para vocês uma ferramenta que pode ser oferecida aos pais nesse momento da escolha.


Esse formulário é apenas um norte e a ideia é dar um panorama geral de cada escola/creche, ajudando a escolher e entender os pontos de cada uma. É importante alinhar as expectativas dos pais, ou seja, é difícil uma escola “gabaritar" em todos os itens rsrs, o importante aqui é direcionar o olhar da família para os pontos mais importantes e a partir disso colocar tudo na balança ajudando em uma tomada de decisão mais consciente e que esteja alinhada com os valores e prioridades daquela família.

Por Eludivila Especialização Pediátrica 18 de junho de 2024
A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês (DDQ) é uma doença que acomete 5 a cada 100 crianças e que pode levar a dificuldade de mobilidade, dor e outros problemas ortopédicos. Neste artigo especial da Eludivila Especialização Pediátrica , revisado pelo Ortopedista Pediátrico, David Gonçalves Nordon (CRM 149.764) , reunimos as principais informações que pediatras gerais precisam saber a respeito da displasia do desenvolvimento do quadril em bebês. Assim, você poderá fazer um diagnóstico e tratamento corretos, além de fornecer boas orientações aos pais e cuidadores. O que é Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)? Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), conhecida antigamente como luxação congênita do quadril, é uma patologia ortopédica, que acontece quando a curva do acetábulo não se desenvolve corretamente . Isto é, a cavidade da articulação do quadril se apresenta de maneira que facilita uma subluxação ou luxação do quadril. Todas as variações dentro desse espectro se enquadram, atualmente, no que definimos como DDQ. O resultado são problemas de estabilidade, mobilidade, posicionamento da articulação, dores articulares, dificuldade do bebê para engatinhar, dentre outros. Em 60% dos casos, a DDQ acontece do lado esquerdo, 20% no direito e 20% dos casos são bilaterais. A propensão ao quadril esquerdo se dá pela posição em que a maioria dos bebês se encontram no útero, causando uma pressão do sacro nesse lado. Causas e Fatores de Risco da DDQ A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês pode ter algumas causas, dentre elas a posição intrauterina do feto , que pode forçar o quadril a sair do lugar, e fatores hereditários , que causam predisposição genética. Podemos subdividir os fatores de risco associados ao desenvolvimento da DDQ em quatro grupos: 1. Alterações do continente (útero) Quando o útero aperta o quadril do bebê, o que pode ser causado por diversos motivos, como: Oligoidrâmnio, quando o volume de líquido amniótico está abaixo do esperado para a idade gestacional e causa essa pressão; Primeira gestação, pois o útero costuma estar mais rígido; Útero com alguma fibrose, cicatriz ou deformidade; Gestação gemelar. 2. Fatores de risco relacionados ao conteúdo É o caso de gestações com bebês que: São grandes para a idade gestacional (GIG); Movimentam-se pouco dentro do útero, por diversas razões; Com apresentação pélvica, posição que pode aumentar em até 21 vezes o risco de DDQ. 3. Fatores genéticos Em relação à predisposição genética, é possível apontar como fator de risco para a displasia de quadril: Bebês do sexo feminino, que aumenta em até 9 vezes o risco de DDQ, já que os hormônios circulantes femininos (estrogênio e progesterona) aumentam a flexibilidade das articulações e a frouxidão ligamentar; Histórico familiar positivo, que pode ser, na verdade, desde um familiar que efetivamente tratou uma DDQ, até algum familiar com um desgaste precoce do quadril (ou seja, artrose do quadril em torno dos 30 a 50 anos), que geralmente é causada por uma displasia leve não diagnosticada e, portanto, não tratada na infância. 4. Fatores extrauterinos São os fatores que acontecem após o nascimento do bebê e que devem ser orientados pelo pediatra, como: Uso do “charutinho” com as pernas juntas e esticadas; Uso de outros acessórios que podem contribuir para que o quadril do bebê saia do lugar, como carregadores e andadores. Leia também: Assimetria craniana em bebês: Guia completo para pediatras Sinais e Sintomas da Displasia do Quadril Após avaliar os fatores de risco, os pediatras devem estar atentos a alguns sinais que os bebês podem apresentar, como: Assimetria das nádegas (a assimetria das pregas isoladamente, porém, não tem significado clínico; precisa haver outros sinais para se pensar em DDQ); Limitação de movimento do quadril, com dificuldade na abertura das pernas (pode ser observado na troca de fraldas, por exemplo); Claudicação. Como fazer o diagnóstico e avaliação da DDQ Bom, mas então, como fazer a avaliação em consultório para detectar uma possível DDQ no bebê? Além da observação dos sintomas apontados pelos pais, é necessário fazer o exame clínico, além de solicitar ultrassonografia do quadril . Dentre os principais métodos diagnósticos em consultório estão: Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo e mostra o quadril luxado. Indicado para realização até os três meses de idade do bebê. A manobra de Ortolani, entretanto, é bastante falha: ela perde o diagnóstico em 95% dos casos leves e 50% dos casos graves, com o quadril efetivamente luxado; Manobra de Barlow : detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo, evidenciando o quadril que é passível de luxação e também deve ser feito até os três meses. É igualmente pouco confiável; Manobra de Hart: após os três meses, esse é o exame mais indicado, já que Ortolani e Barlow normalmente estão negativos, mesmo que o quadril esteja luxado. Se você quer aprender a realizar as manobras adequadamente, a Eludivila conta com aulas completas na Especialização em Puericultura com Patologias, com módulo específico para ortopedia. Acesse agora e amplie o seu conhecimento para além da residência médica Quando pedir um ultrassom do quadril? No Brasil, não há um protocolo específico de quando pedir o ultrassom. Aqui no Eludicar Centro Materno-Infantil, a conduta é fazer o screening universal , ou seja, solicitamos o ultrassom para todos os pacientes, a partir das 3 a 4 semanas de vida do bebê. Nos casos em que o bebê apresenta fatores de risco (apresentação pélvica, oligoidrâmnio, gemelares), o ideal é fazer a ultrassonografia na primeira semana de vida. Para definir o tratamento, você pode utilizar o método Graf para ultrassonografia articular, que divide em graus o nível de alteração: 1A e 1B: quadris maduros 2A: pode ser dividido em 2A+ (deve-se repetir o exame em um mês) e 2A- (recomendamos o tratamento, conforme orientações do protocolo europeu, proposto pelo Dr. Graf em 2022, já que há evidências de uma possível artrose no futuro); 2B: quadril alterado após os três meses de idade, que indica tratamento; 2C, 2D, 3 e 4: quadril alterado, que necessita tratamento. Interpretar o resultado do ultrassom pode ser desafiador, por isso recomendamos assistir ao estudo de caso clínico realizado pelo Dr. David Nordon, ortopedista pediátrico do Eludicar. Tratamento e Manejo da DDQ
Criptorquidia
Por Eludivila Especialização Pediátrica 30 de abril de 2024
Informações para pediatras sobre a Criptorquidia em bebês. Entenda as opções de manejo, como diagnosticar e orientar pais e cuidadores.
vacina da dengue
Por Eludivila Especialização Pediátrica 29 de março de 2024
Reunimos as principais informações sobre a vacina da dengue para que os pediatras possam orientar adequadamente seus pacientes.

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